sábado, 14 de novembro de 2015

O ataque de ontem em Paris é o prelúdio de uma guerra civil que pode durar décadas

 

Aquilo a assistimos ontem em Paris é apenas o começo; o horror que se prepara na Europa será incomensuravelmente maior, à medida que a singularidade islâmica se vai afirmando através da imigração muçulmana em massa.

Depois do ataque de ontem a Paris que causou mais de 140 mortos e mais de 200 feridos, ouvi ontem o embaixador Seixas da Costa afirmar na TVI24 que “não se trata de um ataque islamita”, mas de um ataque de “meia dúzia de radicais islâmicos”. Esta narrativa foi mais ou menos comum a todos os comentadores em todos os canais de televisão. Houve mesmo quem dissesse que há “quatro versões do Islão”, como se o Alcorão não fosse um só.

Em todos os me®dia — incluindo no FaceBook — os “progressistas” tentam eliminar qualquer nexo de causa e efeito entre a imigração islâmica, por um lado, e os ataques em Paris, por outro lado. E à medida que os ia ouvindo, ia-me lembrando do que eu li de Eric Voegelin.

 


Uma das características dos progressistas ou liberais, é a negação da realidade e a construção de uma segunda realidade que substitua a realidade propriamente dita — aquilo a que Eric Voegelin chama de “patologia social das religiões políticas”: é uma espécie de magia em que a ordem de uma segunda realidade , que está para além da realidade propriamente dita, se impõe a esta; e esta atitude é semelhante à dos gnósticos da Antiguidade Tardia.

O que liga os gnósticos da Antiguidade Tardia e os gnósticos modernos é a atitude de rebelião contra a realidade, por um lado, e, por outro lado a “divinização do Homem” (as novas elites omniscientes, ou os novos Pneumáticos dos tempos modernos), que consiste em explicar a realidade do divino como uma projecção humana (Feuerbach, Karl Marx), e que essa explicação teria como corolário a emergência de uma “Humanidade Completa”. A mundividência dos gnósticos antigos e modernos é anticósmica: pretende abolir a realidade tal qual esta se nos apresenta e que tem o universo como premissa fundamental: abolindo o universo (ou fazendo de conta de que o universo não conta para nada), abre-se o caminho para a divinização do Homem.

A divinização do Homem é uma característica do romantismo e, por isso, do positivismo  e do utilitarismo que são vergônteas do romantismo desde Rousseau (talvez o primeiro romântico). A divinização do Homem levou ao conceito de “bom selvagem” de Rousseau:

O homem é intrinsecamente bom, por sua natureza; o que o torna eventualmente mau é o meio-ambiente, os outros ('o inferno são os outros', de Jean-Paul Sartre) e a noção de 'culpa', a História (que tem que ser revista e reconstruída) e as circunstâncias em que o Homem vive; e se construirmos um paraíso na Terra, o Homem torna-se perfeito e divino.

Portanto, qualquer conotação negativa em relação ao Islão é recusada pelos progressistas e liberais, confundindo o muçulmano comum enquanto pessoa, por um lado, com o Islamismo enquanto ideologia (religião política) — porque o Islamismo não é uma religião metafísica como são, por exemplo, o Budismo, o Hinduísmo ou o Cristianismo: o Islão é um princípio de ordem política, ou seja, é uma ideologia política ou uma religião política.

Seria como se eu confundisse (em uma analogia) o meu vizinho enquanto pessoa, que é simpatizante do Partido Comunista, por um lado, com a organização do Partido Comunista, por outro lado: é claro que o meu vizinho é boa pessoa; mas a organização ideológica (religião política) de um partido estalinista é extremamente perigosa (como nos demonstrou a História) — independentemente da bondade do meu vizinho.


Não existe um Islão bom e outro Islão mau. O que aconteceu ontem em Paris é o resultado do corolário lógico do Alcorão e do Islão. O Islão é aquilo mesmo.

paris-terror-islamicoA Europa não pode tolerar dentro das suas fronteiras uma organização política (o Islão) que combate o Estado de Direito. O que os actuais políticos progressistas europeus (com o aval da maçonaria) defendem, com a sua permissividade em relação ao Islão, é a aniquilação da Europa do Estado de Direito. E depois dizem que a culpa é da Marine Le Pen, quando são eles que alimentam a ascensão ao Poder da Front Nationale da Marine Le Pen.

Aquilo a assistimos ontem em Paris é apenas o começo; o horror que se prepara na Europa será incomensuravelmente maior, à medida que a singularidade islâmica se vai afirmando através da imigração muçulmana em massa. E são a Esquerda e os liberais que dirão, depois, que “a culpa é da extrema-direita”.

7 comentários:

  1. Portugueses, rogai a Nossa Senhora de Fátima para que a ira do Senhor se abrande e vossa terra abençoada seja protegida do flagelo maometano.

    http://i64.tinypic.com/am9w04.jpg

    "Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé".

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  4. Não é verdade. Nem eu disse o que me é atribuído como não corresponde àquilo que penso. Cumprimentos. Francisco Seixas da Costa

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    1. Não o disse ipsis verbis, mas por outras palavras.

      Toda a gente que vê televisão sabe qual é o discurso oficial acerca do Islão; não é necessário que o senhor venha aqui desmenti-lo. Deixemos o juízo de valor para quem vê e ouve as notícias.

      Antes de falar, o senhor deveria ler o Alcorão. E se depois de ler o Alcorão ainda mantivesse a ideia de que “há um Islão radical e outro moderado”, talvez não fosse má ideia ver os seguintes vídeos.

      https://www.youtube.com/watch?v=8YOFJRhCgBc


      https://www.youtube.com/watch?v=QkgRVggM-XE


      https://www.youtube.com/watch?v=wDhv8VTq_zU&feature=share

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