“Procura evitar essa gente (…) que está sempre a aprender, mas que é incapaz de chegar algum dia à verdade”.
— 2 Timóteo 3, 6-7
O José Pacheco Pereira é uma espécie de “alquimista das palavras”: tornando complexo aquilo que é simples, tenta transformar o chumbo da realidade em ouro da utopia.
Por exemplo, uma coisa é criticar o governo de Passos Coelho (eu próprio o tenho feito aqui); outra coisa é relacionar essa crítica — criando um falso nexo causal — com problema particular da Grécia: o alquimista das palavras pensa ter encontrado a síntese do mundo, uma espécie de TOE (Theory of Everything).
Tenhamos pena que os ódios de estimação do José Pacheco Pereira moldem a sua alquimia das palavras. E depois — diz ele — “os ressabiados são os outros”.
“Em partidos como o PSD e o CDS, mas em particular no PSD, houve uma clara deslocação à direita.”
Por um segundo pensei que o José Pacheco Pereira se estaria a referir ao Syriza quando falou em “deslocação à direita”. Ou melhor, “a deslocação política do Syriza conforme a puta da realidade!”.
Quando o Partido Social Democrata e o CDS/PP se “deslocaram à direita”, a culpa é destes; quando o Syriza se “desloca à direita”, a culpa é dos Banksters, e o Syriza é uma vítima. O alquimista das palavras passa a vida a aprender, mas é incapaz de chegar a qualquer tipo de verdade.
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