segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O papa do mundo, e não um papa de Deus

 

Mais um texto do Frei Bento Domingues. Cada parágrafo mereceria (quiçá) um comentário, o que faria enorme o texto/comentário. Somos obrigados a resumir o texto, sob pena de o tornarmos fastidioso, e mesmo prolixo.

O Frei Bento Domingues domina a técnica da mentira denunciada pelo poeta Aleixo:

“Prá Mentira ser segura / E atingir profundidade, / Tem que trazer à mistura / Qualquer coisa de verdade”.

Por exemplo, em nome da “Misericórdia”, o Frei Bento Domingues abole o juízo crítico (nos outros!, porque ele e os da laia dele — os Pneumáticos da Igreja Católica — não prescindem do direito de julgar os outros).

A “Misericórdia” do Frei Bento Domingues serve para que se absolvam os pecados, e não já os pecadores como se absolviam na Igreja Católica original. Diz o frade, citando o papa Chiquinho:

“Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia”.

Na Igreja Católica original, eram os pecadores que eram absolvidos; na Igreja do papa Chiquito e do Frei Bento Domingues, são os pecados que são absolvidos, e, por isso, já não há pecadores.

Ou melhor: os pecadores que existam são aqueles a quem os pecados não são (propositadamente) absolvidos pela Nova Igreja do papa Chico e dos seus apaniguados: nunca a Igreja excomungou de facto tanta gente como agora; e, paradoxalmente, os membros da Igreja passaram a ser involuntária- e maioritariamente quem não faz parte dela.

Este não é um “papa das periferias”: em vez disso, é um papa do “não-catolicismo”. Para ele, a “periferia” é tudo aquilo que não pertence ao mundo católico, ou à realidade católica propriamente dita.

“Quando a lei e a moralidade entram em contradição, as pessoas ou perdem o sentido da moral, ou perdem o respeito pela lei”Walter E. Williams.

Vejam a vídeo/conferência de Walter E. Williams no fim do texto.

Perante a contradição permanente que o papa Chico introduziu entre moral, por um lado, e lei (canónica ou outra), por outro lado (por exemplo, quando admite a comunhão adúltera) — ou os católicos perdem a confiança (perdem a fé) em Deus que suporta a moral que o papa coloca em causa, ou passam a desprezar a nova lei emanada do novo Poder instalado no Vaticano.

Colocado entre estas duas vias da contradição papal, eu prefiro enviar ao “papa” e aos seus acólitos o meu muito profundo e incomensurável desprezo.

 

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